• Da Vinha ao Copo

    A Região Demarcada do Douro (RDD) é a mais antiga Denominação de Origem Controlada do Mundo.
    Da Vinha ao Copo
HISTÓRIA: REGIÃO DEMARCADA DO DOURO
HISTÓRIA: REGIÃO DEMARCADA DO DOURO
A Região Demarcada do Douro (RDD) é a mais antiga Denominação de Origem Controlada do Mundo. Uma Região com mais de 250 Anos de História. A RDD constituiu uma continuidade histórica, sendo a sua «paisagem cultural, evolutiva e viva» reconhecida, desde 2001, como Património Mundial pela UNESCO.
Séc. XX a. C. - Vestígios de grainhas de vitis vinífera em estações arqueológicas do Douro;
Séc. III-IV a. C. - Vestígios encontrados em diversas estações arqueológicas da região duriense testemunham a intensidade e da vinificação na época romana;
1675 - Surge pela primeira vez a expressão "Vinho do PORTO", no discurso sobre a Introdução das Artes no Reino, da autoria de Duarte Ribeiro Macedo;
1756 - Marquês de Pombal, Sebastião José de Carvalho e Melo, criou a Região Demarcada do Douro (RDD), lançando as bases de um sistema de regulamentação da produção e do comércio dos seus vinhos através do alvará régio de instituição da companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro;
1868 - A filoxera dizima quase as videiras da RDD;
1933 - Instituto do Vinho do Porto - IVP (1933);
1986 - Liberado o envelhecimento do VP no Douro;
2003 - Instituto do Vinhos do Douro e do Porto - IVDP.
Sub-Regiões do Douro
Sub-Regiões do Douro
O limite da Região Demarcada do Douro é aproximadamente 250.000 ha, dos quais cerca de 42.000 estão plantados com vinha. A região subdivide-se em 3 grandes zonas: Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior.
 
 
 
 
Viticultura
Viticultura
Clima
Microclima Mediterrânico - "Nove meses de Inverno e três meses de Verão". Os Invernos são muito chuvosos e rigorosos nevando em algumas regiões. Os Verões são longos e muito quentes podendo a temperatura atingir os 40º/ 47ºC. À medida que vamos subindo do baixo Corgo para o douro superior as temperaturas vão aumentando, diminuindo as precipitações.
 
Solos 
Os solos são compostos por xisto, e de uma maneira geral são pobres em determinados nutrientes. Estes solos tem a grande vantagem de reter alguma quantidade de água, e de a "dosear" para a planta nas alturas do ano em que as suas necessidades são mais elevadas para o seu bom desenvolvimento. 
 
 
Vinha
Pode-se apresentar basicamente de três formas: Socalcos Tradicionais - Associados às vinhas mais antigas da região, estes socalcos eram construídos em encostas ingremes e suportados por muros de pedra. Normalmente tinham grande densidade de plantação e de difícil mecanização, exigindo muita mão-de-obra;
 
Patamares
Sistema mais moderno (inicio da década de 80), no qual o socalco é suportado por altos taludes de terra. Podem conter um ou dois bardos, embora nos últimos anos se tenha optado por um único bardo. Permite ainda um bom compromisso entre a mecanização, a mão-de-obra e o respeito pelo meio ambiente;
 
Vinha ao Alto
Utilizado onde a inclinação permite (não superior a 30%), é uma técnica que permite combater a erosão e a drenagem, com algumas vantagens do ponto de vista da planta. 
Castas
A RDD tem a particularidade de ter imensas Castas Autorizadas para produção de Vinhos. Contudo, atualmente, nas novas plantações tem-se optado por um número mais reduzido de castas, eleitas pelas suas características particulares - cerca de 30 entre Tintas e Brancas.
 
Castas Brancas
Arinto, Boal, Cercial, Côdega, Donzelinho Branco, Esgana Cão, Folgasão, Gouveio, Malvasia Corada, Malvasia Fina, Moscatel Galego, Rabigato, Viosinho, Samarrinho.
 
Castas Tintas
Bastardo, Cornifesto, Donzelinho, Malvasia, Mourisco Tinto, Periquita, Rufete, Sousão, Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Amarela, Tinta Barca, Tinta Barroca, Tinta Brasileira, Tinto Cão, Tinta Francisca, Tinta Roriz. 
O que é o vinho do Porto
O que é o vinho do Porto
Vinho único no Mundo. A sua singularidade advém das características únicas da Região Demarcada do Douro e da particularidade do processo de fermentação (adição de aguardente vínica a meio da fermentação).
 
Principais características:  
  •  Riqueza e intensidade de aromas e sabores.
  • Teor alcoólico elevado - compreendido entre 19% a os 22% vol.
  • Variedade de graus de doçura (de extra seco a muito doce).
  • Grande diversidade de tipos:
 
Brancos - O vinho do Porto Branco, apresenta-se em vários estilos, nomeadamente associados a períodos de envelhecimento mais ou menos prolongados, e a diferentes graus de doçura, que resultam do modo como é conduzida a sua elaboração.
 
Rosé - Vinhos de cor rosada avermelhada. Pretende-se uma evolução que preserve os aromas a frutos vermelhos com ligeiros toques florais, próprios dos vinhos novos.
 
Ruby - Vinhos de cor Tinta ou Retinto. São vinhos que ficam a estagiar em grandes cubas de madeira e de inox. Evita-se um grande contacto com o ar (oxigenação), com objetivo de reter o seu carácter primário, frutado, fresco até ao engarrafamento.
 
Tawny - Dependendo da idade, são vinhos que apresentam uma evolução na cor, que pode ser desde da cor tinto-alourado até às cores laranjadas, acastanhadas e esverdeadas. São vinhos que envelhecem paulatinamente em pipas e tonéis (ou balseiros) de carvalho, onde tem muito contacto com a madeira e consequente oxigenação, desenvolvendo assim as suas características. Desenvolvem aromas e sabores complexos de frutos secos, baunilha, caramelo, chocolate, cedro, etc.
Grande diversidade de cores
As cores podem ir do amarelo palha, passando pelo retinto, pelo castanho alaranjado, até aos esverdeados.
 
Envelhecimento do Vinho do Porto
O envelhecimento pode ser oxidativo (envelhecimento em cascos, toneis ou balseiros), caso da maior parte dos Vinhos do Porto ou mais redutor (envelhecimento em garrafa), caso de alguns LBVs e dos vintages.
 
Grande diversidade de situações de consumo
Adequado para momentos de tranquilidade, sociais, expansivos, especiais, mas sobretudo para momentos gastronómicos.
É um vinho de prazer! E deve ser bebido como um VINHO!